O perfil do consumidor está mudando com a crise e a imprensa americana fala de um novo tipo de fashionista, o "recessionista". Durante os anos 90, as pessoas só queriam comprar e comprar e com isso, alguns colocaram de lado coisas que realmente tem valor, mais sérias. "Agora, muitos estão questionando se devem ou não gastar US$ 5.000 num produto", justifica.
Algumas marcas americanas desistiram de desfilar em Nova York. Elas estão sem dinheiro e estão pensando em economizar, se perguntando sobre o sentido de um desfile, que às vezes junta 2.000 pessoas. Para ela, uma boa possibilidade seria reunir as pessoas certas, os jornalistas que interessam, ter algumas fotos nas revistas e alguns parágrafos nos jornais, sem gastar US$ 100 mil e US$ 500 mil num espetáculo, pois quando você faz as suas roupas, está pensando no que vai vender, o que vai para a loja.
Quando entra o conceito de desfile, tudo vira um show que acaba ultrapassando a marca, embora reconheça que os desfiles são rituais, que fazem parte da tradição da moda e essas coisas são difíceis de morrer, podem até mudar, mas não devem morrer. Para a especialista, a crise com certeza, já está transformando a moda e está colocando fim ao consumo exagerado.
Um comentário:
Não sou expert em moda, pelo menos não por enquanto, mas acho que não seja o fim da moda e sim uma reavaliação de valores. Afinal, sou adepta do seguinte pensamento: é possível estar na moda sem gastar valores exorbitantes. E acho que o momento que a economia está pensando afirmará isso e vai conscientizar os fashionistas de plantão. Claro que Gucci, Dolce & Gabanna, Armani e cia... são um sonho de consumo, mas é necessário mais que nunca enxergar que a vida vai além das grandes etiquetas.
Um exemplo disso é que a sequência do filme Sex and City, baseado no seriado que retratava a vida de quatro amigas que se tornaram referências no mundo da moda, vestindo todas a grifes mais desejadas. No segundo filme as meninas passaram a fazer compras em lojas de departamentos, justamente por causa da crise, em uma matéria da Época Negócios (se não me engano) eles citam que é uma forma de aproximar a arte da vida real, de uma forma que os espectadores se sintam retratados de alguma forma na telona.
Concluindo, não acho que seja o fim da moda e sim uma readaptação dela ao momento em que vivemos.
Seu blog tá excelente Rô, parabéns!
Beijos
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