sábado, 19 de dezembro de 2009

Reunião da Cúpula Climática Termina - sem Soluções

Segundo os cientistas, para controlarmos os impactos do aquecimento global é preciso que os países desenvolvidos reduzam suas emissões entre 25% a 40% em relação aos níveis de 1990 e que os países em desenvolvimento reduzam o aumento de suas emissões entre 15% e 30% até 2020. O tratado vigente tem metas muito inferiores a isso, 5,2% aos países desenvolvidos somente, o que demonstra a importância do que está em discussão.
Em 17 anos de discussões, desde a ECO 92, as mudanças climáticas ganharam a atenção mundial e hoje são uma das principais preocupações da humanidade. Nesse período criamos o primeiro modelo de combate global às alterações do clima, o Protocolo de Quioto, para o qual neste momento busca-se um sucessor, pois sua vigência irá expirar em menos de 3 anos. O desafio de Copenhague é maior do que qualquer outra conferência sobre clima que já existiu, pois o senso de urgência apresentado nos últimos anos por cientistas do mundo todo nunca foi tão grande.A industrialização trouxe diversos benefícios à vida moderna, mudando a estrutura de nossa sociedade e a forma de vivermos, contudo passados cerca de 2 séculos desde a Revolução Industrial um de seus efeitos colaterais é preocupante. O crescimento de uma economia amplamente baseada em combustíveis fósseis fez com que as emissões de CO2 alcançassem níveis que impossibilitam o planeta processá-lo, e com isso o acúmulo de CO2 e também de seus equivalentes trouxe uma nova realidade ao planeta, o aquecimento global.

De vez em quando gosto de publicar aqui algum tipo de "braveza" da natureza: tempestades de chuva, de neve ou de areia, furacões, um atual parente- o vulcão nas Filinas afugentando os moradores..., enfim, o mundo está em chamas.


Sabe aquele carro que te protege da chuva e te leva pelos caminhos da vida - por ai? Os carros que levam as mercadorias em transportes que são nosso suprimento? Pois é, eles liberam o gás, CO2 e com isso, o efeito estufa torna nosso clima cada vez mais ativo.


A primavera está no fim e foi atípica, aliás, não existem mais estações definidas no Brasil e no planeta inteiro. Faz frio, calor, ou chove, quando quer. No sul, um furacão só não causou um estrago maior - na semana passada, porque os meteorologistas perceberam e acionaram o "controle". O degelo está cada vez maior... e o CO2 está aí.


A bola está no pé de quem manda no Planeta terra, mas durante todo o tempo das reuniões em Copenhague, muita confusão, ninguém faz nada, as autoridades fazem suspense e ficam no blá, blá, blá enquanto faltavam apenas dois dias pra terminar.

Susan Walsh/AP

À esq., líderes da África do Sul, Brasil e EUA; à dir., premiê chinês ao lado de primeiro-ministro indiano

A reunião sobre a meta climática termina e o acordo fica para 2010. Brasil, China, Estados Unidos, África do Sul e Índia discutiram as metas climáticas - ou a falta delas - terminou sem consenso última reunião de hoje.

Segundo informou a delegação brasileira, o conteúdo do documento será feito com vistas a um possível acordo apenas em 2010. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se dirige ao aeroporto para retornar ao Brasil. Estados Unidos e China, os dois maiores emissores de gases de efeito estufa, são os principais criadores de entraves para o acordo climático entre os 193 países participantes da 15ª Conferência do Clima, que ocorre desde 7 de dezembro em Copenhague.

Além da "briga" entre países emergentes e desenvolvidos sobre estabelecer metas obrigatórias de emissões de gases também para as nações mais pobres - o Protocolo de Kyoto obriga apenas os mais ricos a seguir as metas, existe a polêmica sobre a criação de um fundo verde. Os EUA propuseram um fundo bilionário para ajudar os países pobres a lidar com a mudança climática, mas condicionaram a contribuição a uma "transparência" dos países envolvidos e uma possível vigilância. A China também rechaçou um possível controle. Nesta sexta, antes da última reunião sobre as metas, o premiê chinês faltou aos dois encontros improvisados pelos EUA e enviou um emissário; a atitude enfureceu líderes europeus e Barack Obama. No começo do dia, o presidente Lula, que há dois dias tentava mediar com o francês Nicolas Sarkozy uma saída do impasse, declarou-se "frustrado" em sessão plenária com líderes mundiais.
Na plateia estavam Obama, Gordon Brown, Wen Jiabao, Angela Merkel e outros. Já o americano Barack Obama, que tomou seu lugar no púlpito, criticou os países que não aceitam se submeter à verificação de suas ações (crítica velada à China). Os países desenvolvidos usam esse argumento para justificarem sua inação.

Não podemos negligenciar que as negociações de Copenhague são uma grande oportunidade de mudarmos em busca de um mundo mais igualitário e para um modelo econômico diferenciado e mais sustentável. É diante dessa balança, mudar o modelo econômico e tentar recuperar-se da crise, que a COP15 ganha relevância. Neste momento é certo que o envolvimento da maior economia do mundo, que até o momento somente observou a ação do resto do planeta, é importante e necessário.
Mas o certo é que não vivemos num mundo estável, a época é de mudanças e muitas delas ruins, dolorosas, doentias. A criação está gemendo. Paremos de cobrar das autoridades e contribuamos, façamos a nossa parte.

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