sábado, 18 de setembro de 2010

60 Anos da TV Brasileira - 60 Years of TV Brasileira

Tudo começou em 18 de setembro de 1950 quando foi inaugurada a PRF-3 TV Tupi, canal 3 de São Paulo - a primeira emissora da América Latina. Ali se iniciou uma história que hoje agrega a de tantas outras emissoras, como Cultura, TVE/TV Brasil, Bandeirantes, SBT, TV Paulista, Globo, Record, Excelsior, Continental, Manchete, Rede TV!, Gazeta, TV Rio, MTV e tantas outras.
Uma história que progrediu tecnologicamente, do romantismo das imagens em preto e branco à vivacidade das cores de hoje; chegamos à alta definição da TV Digital e à globalização da informação, um dos pontos mais destacados do papel da Televisão em todo o mundo. E foi de casa em casa, crescendo, de uma programação regional, que o sinal de TV expandiu-se em redes, via satélite e hoje ela está em todo lugar: na internet, ônibus, metrô, trem, supermercado e até em nossoas mãos - nas de quem assiste a TV pelos celulares.
E a festa de hoje, realizada no Memorial da América Latina, desta "madura Senhora - na melhor idade" como disse Marcelo Tas, que comandou a cerimônia - junto a outros grandes nomes com aquele humor que é só dele foi simplesmente maravilhosa. Muitos reencontros, abraços, lágrimas daqueles que já não mais atuam mas que foram pioneiros na TV e homenageados. Esta noite "da Maioridade" ficará marcada como um principal evento no meio de tantas outras comemorações.

Antes de falar um pouquinho do que aconteceu, quem eu encontro, logo que eu e Carlos chegamos em meio a flashs, entrevistas e tudo mais? Maria Carmen Dowe, jornalista e produtora executiva que já passou por vários veículos, inclusive trabalhou na produção da TV Mulher há uns 20 e poucos anos atrás (lembram? um programa matinal feminino de grande sucesso nos anos 80) - hoje atua com assessoria de imprensa em Gastronomia, e que eu acabara de conhecer no evento de quinta-feira (Veja elege os melhores da Gastronomia de 2010/2011). Foi demais!!! Reencontrá-la dois dias após nos conhecermos.

E ela saiu me apresentando para colegas antigos, um deles o Cid Moreira e sua esposa, Fátima (ela não aparece, pois tirou a nosso foto) - simpatissíssimos, por isso o selecionei para meu post. E tomara que dê certo, mas "Informe-se" aguarde-o...

Outra simpatia: antes da festa, encontro Maria Pia Finocchio, ex-bailarina e presidente do Sindicato dos bailarinos de São Paulo. Uma graça, atenciosa, simpática e trocamos e-mails. Aguarde-a também no "Informe-se". Jornalistas de várias emissoras, não queriam perder nada daquela grande noite. E o interessante é que todo o grupo - digo, todos os presentes, estavam na expectativa da apresentação, davam entrevistas com calma, prazer, sem pressa. Lima Duarte, acima, foi um deles que chegava a contar "como tudo começou". A alegria era geral. A festa começa com bailarinos do grupo de dança da Maria Pia e Marcelo Tas com a filha de Vida Alves, presidente da Pró-TV fala do nascimento da TV, menciona Assis Chateaubriand, o fundador e jornalista responsável pela inicialização da TV no Brasil que na época, há exatamente 60 anos atrás, adquiriu 20 aparelhos receptores nos EUA e espalhou pela cidade de São Paulo, inaugurando, em 1950, a primeira emissora de Televisão.Lima Duarte, entra e fala um pouco de sua história; Márcia Real complementa, chama Wilma Bentivegna que canta um clássico e durante um bom tempo a primeira atriz mirin - a indiazinha que apareceu na tela em sua estréia, prossegue com a programação.Lolita Rodrigues entra e dá um show, canta velhos números de sua época, conta piadas e o povo se emociona. Ela passa a vez para Jane Batista, o primeiro rosto a aparecer na TV e a festa foi seguindo, vários pioneiros mencionados sempre. Até a Inezita Barroso entra e canta - ainda com um vozeirão de arrepiar.
Agnaldo Rayol relembra Carinhoso "Meu coração, não sei porque, bate feliz quando te vê. E os meus olhos ficam sorrindo e pelas ruas vão te seguindo...". E canta outra: Fascinação "Os sonhos mais lindos, sonhei...". Ai meu Deus, lembrei da noite em que Carlos Cianci pediu a minha mão no Bellosguardo, restaurantezinho italiano bem romântico ao som de violino e piano e - eu aceitei...Bom, Marcelo chama "a gata mais charmosa da TV, símbolo de criatividade e vida" e quem entra? Sim, ela mesma, Hebe Camargo. Que canta (e encanta) com a música "Eu tenho tanto pra te falar, mas são palavras, não sei dizer, como é grande o meu amor por você...". Ela realmente domina, muuuito simpática e alegre. Chama o Governador Alberto Goldman, o ator Elias Gleizer (que conta uma curiosidade: foi seu amigo de infância) e o prefeito Gilberto Kassab, ambos de São Paulo. Obviamente, ela não perde a oportunidade de pedir verba para a criação do Museu da TV e ambos "dão a a palavra positiva".

Após alguns jornalistas como Fernando Mitre, Carlos Nascimento, o casal Paulo Goulart e Nicette Bruno - que segundo Tas representa a família brasileira, contam o um pouco de sua história, o segredo da família e do amor durante tantos anos... "Básico, a palavrinha mais antiga - amor, cultivá-lo, simples assim", diz Paulo Goulart.
Regina Duarte, a namoradinha do Brasil entra toda saltitante, alegre, faz alguns comentários e chama Eva Wilma - que relembra Cassiano Gabus Mendes, os velhos tempos, as novelas que fez. E passa a bola para Raul Gil que depois de cantar muito bem, chama Rolando Boldrin.
Ele menciona um verso de Vinícius de Moraes: "A vida é um encontro, mas tão cheia de desencontros", mas ele acrescenta a sua fala: "... é cheia de reencontros também" e conta "causos e moda de viola que fala alto em seu peito humano".
Marcelo anuncia a premiação de uma mulher que ficou mais tempo na TV com a mesma programação: Ione borges (de conjunto verde, entre Leão Lobo, Ronie Von e Wanderleia) e ela complementa: "jornalista e apresentadora com 30 anos de carreira".
Goulart de Andrade fala um pouco de sua vida e chama Wanderléia, a "Ternurinha" que me remete à minha infância (eu só queria usar as sandálias da Wanderléia, de tirinhas trançadas nas pernas até os joelhos. Alguma brasileira com quarenta e poucos anos, lembra?). Ela fala da Jovem Guarda, de seus amigos, Roberto e Erasmo Carlos e relembra suas canções, uma delas: "Detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas muito grandes pra esquecer...". Enquanto a festa continua com Andrea Matarazzo, secretário da cultura de São Paulo, Cássio Gabus Mendes que relembra momentos de seu pai, Silvia Poppovic, Toquinho que manda um recado por vídeo, Ronie Von... como sempre muito carismático, Claudya - abaixo com "Não chore por mim Argentina" e sempre com a Banda do Caçulinha...
Uma geral enquanto Antonio Abujamra fala um pouco de sua vida e elogia esta festa num encontro tão maduro, cita uma poesia e chama a pioneira da primeira entrevista em revista feminina quando a TV tinha 04 anos e lançou muita gente. Ela chama Cid Moreira que fala de sua nova experiência com Deus.
Ana Rosa fala de sua vitalidade, seus sete filhos, da faculdade que acaba de concluir e que está sempre em movimento, trabalhando. entra Vicente Serso e silvio Abreu, Laura Cardoso. Luiz Eduardo Martins falou diretamente de um evento na Onu tocando "Parabéns pra você". E muitos outros entram em cena... Gabriela Duarte parte para o encerramento e chama a Tiê, neta de Vida Alves para cantar com outro neto, cita colegas, filhos de artistas desta nova geração e agora representam a 3ª geração. Inicia-se uma grande homenagem aos que já partiram e chegam ao final da festa cada um relembrando duas ou três pessoas desse pioneirismo: Assis Chateaubriand, Lia de Aguiar, Amâncio Mazzaropi, Sergio Cardoso, Ivani Ribeiro, Augusto César Vanucchi, e muitos muitos outros...
Finalmente uma foto com Vida Alves, grande homenageada da noite por todos esses anos lutar para preservar a memória da Televisão Brasileira. Detalhe, ela fez a primeira novela e deu o primeiro beijo na TV - que ficou "registrado apenas na memória dos que viveram na época".

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