sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Barack Obama, esperança para a América?

Emocionante a cobertura de vários jornais da TV na quarta-feira sobre a vitória de Barack Obama. Além dos americanos, a festa foi geral e se espalhou por todo o mundo com muita alegria pela conquista do primeiro presidente negro do país, considerado o mais poderoso do planeta.

Em 2004 ele era apenas um político regional, pouco conhecido fora do estado de Illinois, mas o futuro do presidente dos EUA começava ali, ao descer do palanque e apesar de declarar que sua presença naquele palco era improvável, não demorou muito e em 2007 ele anunciou que seria pré-candidato à presidência da América. De lá pra cá conhecemos sua batalha com a senadora Hillary Clinton e sua famosa frase: “Não há uma América liberal ou conservadora, uma América branca ou negra, há os Estados Unidos da América”.
Barack - "abençoado" em árabe, nasceu no Havaí, morou na Indonésia, em Nova York - onde estudou e foi Chicago que se tornou sua base política e profissional pois foi onde chegou com o diploma e um novo emprego de organizador de comunidades e de igrejas. Alguns anos depois partiu para Harvard, se formou em direito e conheceu sua esposa Michelle Robinson, também advogada graduada em Harvard. Ele recebeu ofertas para advogar mas decidiu seguir carreira política.
Homem de família, passado difícil, seu pai foi embora quando ele ainda era pequeno, enfrentou problemas com drogas e álcool. Foi persistente, lutou, estudou, correu atrás de seus ideais. Apesar de ter tido mãe branca, escolheu uma mulher também negra, neta de escravos para casar, tem duas filhas e é o mais novo inquilino da Casa Branca.

Obama, em tão pouco tempo, tem mostrado uma trajetória de conquistas: no mesmo ano em que se elegeu senador, ganhou projeção nacional na Convenção Democrata e desde então saiu em capas de revistas, colecionou aparições na TV e foi subindo mês a mês. Ganhou um grammy por ter gravado um dos livros dos quais escreveu e a internet contribuiu, e muito, para sua "promoção".

Um de seus livros "A Audácia da Esperança" revela que o fato de ser senador o poupou de alguns esbarrões e hematonas que muitos homens negros suportam, e que também havia enfrentado o "ritual de mesquinharias” incluindo seguranças que o seguiam em lojas de departamentos, casais brancos entregando a chave do carro a ele do lado de fora dos restaurantes, confundindo-o com o manobrista. Ele menciona que "sabe como é quando as pessoas lhe dizem que não pode fazer algo por causa da sua cor e sabe exatamente o gosto amargo do orgulho negro engolido".

Estamos vivendo um novo momento na história do mundo globalizado sem fronteiras políticas e geográficas. Há muita expectativa sobre a responsabilidade que agora pesa nos ombros do jovem advogado de 47 anos, Barack Hussein Obama Júnior que recebe um país financeira e moralmente quebrado, responsável por uma crise de dimensões mundiais. Daqui a poucas semanas, 20 de janeiro, ele assumirá como o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos e sabe que não será uma tarefa fácil, conforme seu discurso no dia da vitória.

Que Deus o abençoe, Senhor Presidente, ou melhor, God bless you!

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