Um estudo na última edição da revista americana "Science" explica a delicada aerodinâmica por trás das canções de amor dos beija-flores, frequentemente produzidas com as penas da cauda dos bichos, e não com seus órgãos vocais.
Creative Commons, Beija-flor-de-anna ("Calypte anna"), da costa oeste da América do NorteA pesquisa liderada por Christopher Clark, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), colocou as penas de 14 espécies de beija-flor num túnel de vento, a mesma estrutura que serve para estudar a viabilidade de protótipos de aviões.
O experimento mostrou que as canções são produzidas quando o vento faz as penas dos bichos tremularem, mais ou menos como uma bandeira hasteada, fenômeno que pode ser perigoso para aviões, mas que as aves conseguem tirar de letra. Penas vizinhas umas das outras podem produzir tons sonoros diferentes, gerando uma espécie de sinfonia, misturada à voz do animal.
Por Reinaldo José Lopes, Editor de Ciência e Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário