segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Vida Sem Empregada...Life Without A Maid ...

Muito bom o texto escrito por Celia Belem para a revista Claudia do mês de junho que reolvi reproduzí-lo aqui. Vamos lá: "Novos tempos principalmente para as mulheres, pois as domésticas serão artigo raro no mercado de trabalho, anunciam os indicadores sociais mais recentes, e o futuro aponta para uma nova equação familiar, em que todos colaboram nas tarefas da casa. A boa notícia: vêm aí pais e filhos mais unidos e um mundo possivelmente mais justo.
Mas não vai ser fácil. A ajuda doméstica está mudando de configuração. Cada dia mais, ela deixa de ser paga e passa a ser negociada: saem as profissionais, entram marido e filhos. Será que dá?



Ao longo da vida nos acostumamos a ter sempre ao nosso lado a presença silenciosa (ou ruidosa) de alguém que nos auxiliava a cuidar da casa, das crianças, de tudo. Me lembro da minha infância. Minha mãe dava aulas e tinha pouco tempo para os afazeres domésticos – apenas se dedicava a cozinhar, a pedido do meu pai.



Apesar de algumas empregadas não terem ficado muito, a maioria fez parte do meu dia a dia. Até hoje agradeço a elas por toda a dedicação, mas principalmente pelo afeto que me deram. Acreditem ou não, lembro o nome de cada uma delas: Antonieta, Conceição, Lina...



Mas veio a tão batalhada liberdade feminina e com ela a condenação de qualquer tipo de trabalho da porta para dentro de casa. Parecia que ele era o responsável pela falta de independência e ícone de como as mulheres eram presas de uma atividade que não gerava nenhuma gratificação pessoal ou financeira, além de demonstar posição inferior aos homens.



Não deu outra. As mulheres mais jovens migraram para fora de casa, ou porque queriam se impor ou porque precisavam compor o orçamento. Na época, todo mundo imaginou que esse movimento livraria a mulher do trabalho doméstico, mas a mudança fez com que acumulasse mais funções. Percebido o engano, a solução que se apresentava era óbvia para quem tinha um salário que permitisse: recorrer a uma profissional do lar.



Vivi plenamente esse momento e posso dar meu testemunho. Perdi minha mãe quando minhas filhas eram muito pequenas. Já não tinha mais sogra e todas as minhas cunhadas se encontravam na mesma situação. Sempre trabalhei e, por dever de ofício, em jornadas que excediam, e muito, as oito horas regulamentares. Assim, era praticamente impossível dar conta da casa. Dentro dos meus limites, minhas maiores preocupações eram as crianças e a alimentação familiar – nada mais. O resto era responsabilidade da empregada. Ah, como sou grata a elas.



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http://claudia.abril.com.br/materias/4942/?pagina2&sh=31&cnl=31&sc=

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