
Chego e logo o cheiro de shampoo me invade as narinas. O encontro com Mazé acontece minutos depois, a escova marcada também. Apesar das conversas paralelas e do secador, conseguimos conversar sobre a reportagem da Luiza Brunet, na revista em que leio. Não demorei a deixar o salão.
A rua está movimentada. Um vento com cheiro de frango balançam os meus cabelos e o desejo de uma feijoada para o almoço é banido. Padarias modernas não fabricam mais só pães. O preço é “camarada” e não precisava encomendar, ainda assim prefiro ligar.
Dobro a esquina e vejo um homem dobrado em cima de plásticos. Uma velha bicicleta faz a vez de armários, vários pertences pendurados. Antes de deixá-lo um último olhar, um último desejo. “Espero que a padaria mude de lugar, para que o cheiro de frango não venha mais lhe importunar.”
E ele que mora tão perto do frango, nunca sequer ouviu seu cacarejar.
Um comentário:
Rô, adorei a foto!
O papel dela é ilustrar e isso está fazendo bem.
Beiiijos
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